Dezembro

Dezembro é para mim um dos melhores meses do ano.
Especialmente aqui na Dinamarca em que tudo fica com outra alegria, luzinhas e festas.

- Festa de Natal dos amigos do T. - Posso dizer que foi a primeira vez em três anos que já namoro com o T. que tive uma grande noite com os amigos dele. Caramba demorou mas foi! Foi definitivamente a festa melhor da época de Natal com sabor a conquista.

- Festa de Natal do Laboratório - Dançar até cair, Comida do melhor (O bacalhau que me desculpe, mas eu até o trocava pelo Pato assado tradicional de cá...)
ter de tolerar colegas bêbadas e principalmente SONSAS que se atiram indecentemente aos pés dos rapazes giros casados, e nem sequer falam às raparigas - nojo...muito nojo.

- Festa de Natal dos Amigos Portugueses - Aquela base, tinha de ser muito bom, como mistura de comida portuguesa e Dinamarquesa e jogos de morrer a gargarejar.

- E os meus anos - uma razão porque gosto deste mês!! Foram mais uma vez muito emotivos, que nesse dia tenho a lagrimazinha fácil de saudades de todos os que queria bem perto de mim.
Mas tive tratamento de luxo do melhor amor do mundo e de todos os que se lembraram de mim.

Que me desculpem os que me deram presentes mas o melhor de todos recebi hoje no e-mail - aceitar a minha presença num curso de transfeccao de parasitas de malária - o melhor curso do momento para quem trabalha em Malária - que se vai realizar em Bankok no próximo Marco!
Fui aos píncaros da alegria que isto de cursos com tudo pago em noteis de luxo patrocinados por companhias não é coisa muito frequente na vida de estudante de doutoramento! YUPI!!!

E sábado já estou em Portugal!

Olhem quem traz as prendas este ano?!

É a Ariana que vem de Barcelona com a sua carruagem.

Já está tudo babado? e agora?!

Que tal a versao Rapper YO côr-de-rosa?



Beijinhos para a Família da tia babada que está cheia de vontade de ir fazer uma visita!

Desejos de Natal...

Acabei de receber um mail a perguntar pelos meus desejos de prendas para o Natal e anos.
Detesto esta tradição dinamarquesa.
Tudo vem do seu pragmatismo mãos a mãos com a frontalidade e o medo de desperdiçar dinheiro.
Então tenho de fazer uma listinha razoável para a mãe do Timme e a Irmã do Timme.
Oh meu Deus.
Dá-me logo vontade de pôr coisas doidas como uma viagem a Nova Iorque para ir ver a minha migalhoscas, ou uma casa à beira mar em Portugal para ir ter com a minha mãe mais amiúde.
Mas não, tenho de ser comedida, pensar em prendinhas.
Prefiro surpresas surpresas... pensem em algo que me faça sorrir e eu já estou fico contente.
E desejo que me telefonem mais, que queiram saber de mim e do T. e que me mandem fotos da família dinamarquesa que nunca vemos, ou que nos visitem quando vêm a Copenhaga.
Feliz Advento!

5 pratos 5 vinhos

Jantar de grupo, dez pessoas que trabalham em equipa sem almoços em conjunto com o ritmo de trabalho acelerado e sem tempo para jogar conversa fora (com muita pena minha...) faz com que o dia-a-dia seja um grande criador de tensões e irritações de estimação.
Mas ali todos juntos à volta de uma mesa e de comida e vinhos espectaculares, foram-se as tensões e ódios todos embora.
Eu até fiquei amiga dos franceses e tudo.
Mas a revelação da noite veio do meu aluno de mestrado que agora já é independente e já não o estou a ensinar tanto, que me disse que eu era a pessoa mais cómica que ele conhece(?!)(!?) realmente o rapaz parte-se a rir quando eu passo por ele. E que toda eu parecia um cartoon (!?)(!?) Bem, escolhi levar aquilo como um elogio, porque depois ele continuou o discurso e aquilo ficou melhor com o decorrer da conversa - Ele lá disse que a minha calma fê-lo passar a gostar do mestrado quando ele antes estava a detestar o laboratório e o stress todo. Eu vim explicar-lhe tudo com calma e no relax e ele agora está a bombar e a gostar de tudo. Ena Ena!

É isso minha gente já descobri a minha vocação aqui pelos países do norte - espalhar a calma e o take it easy - filosofia da minha vida.

Dança na cidade

Kuduru progressivo! - 23 de Dezembro no Lux


http://www.dumpr.net/

Nova exposiçao

- um dia de sol -
num museu perto de si


http://www.dumpr.net/

de um dia para o outro acordei assim intolerante...

Não sei como nem quando é que isto de repente mudou.
Mas dei por mim a defender afincadamente os Dinamarqueses em conversas com estrangeiros ou a ficar profundamente irritada com declarações de pessoas que não conhecem muitas pessoas nem estão cá há muito tempo e falam pessimamente do povo que bem ou mal os acolheu e os trata como iguais.

Chavões como
- Os rapazes dinamarqueses são muito aborrecidos.
- Os Dinamarqueses não fazem esforço para falar inglês - esta vindo de um francês!
- Os Dinamarqueses são porcos.

Levam-me aos píncaros da irritação.

Para dizer mal há que ter conhecimento de causa.
Pode-se dizer que me aconteceu isto ou aquilo e discutir as coisas com uma e outra pessoa para saber diferentes opiniões agora mandar postas de pescada com a amostra diminuta de meia dúzia de dinamarqueses que conhecem, por amor de Deus...

Feira de artesanato

A minha amiga artista jeitosa vai lá estar!

Fim de semana em Roterdao

Nunca valeu tanto a pena sair daqui a uma sexta a tarde viver um fim de semana espectacular X intenso e regressar domingo pronta para começar uma semana de trabalho fresca e motivada (coisa pouco provável às segundas feiras...)
Sim, porque estas escapadas repletas de grandes amigos fazem sentir o fervilhar de uma vida a 100 por cento!

Local- Palacete R&R em Roterdao, que acomodou nada mais nada menos que nove pessoas com colchoes para todos e comida deliciosa!
Recomendo a quem passe por lá roer-se de inveja por nao ter uma amiga como a minha...

Motivo- II Encontro anual de Biolôcos

Participantes- Ana Rabana e RLeite, Fradofski e miss Curaçao, Dirçolas, Martinho, Dianoscas, e os vikings de serviço eu e T.

Mostrar ao T. o que foi a minha vida durante tantos anos felizes da faculdade rir a bom rir, falar sem parar.
Observaçao do meu viking atento - "Mas voces falam TANTO, o assunto nao esgota!"
Ah pois nao! (um dia conto-vos como é que seria um fds com os Dinamarqueses...)

Próximo Ano: III Encontro - Aceitam-se desde já aplicaçoes para o local a realizar.
Londres e Copenhaga por enquanto únicos competidores!

Com estes amigos sinto-me EU.
Aquilo que sou e que nao tenho de provar ou dar-me a conhecer.
É a empatia total, com interesses sobrepostos e gargalhadas partilhadas.
É sentir a preocupaçao e a alegria em ter a certeza que estamos bem.

E as fotos? Cadê?

3 anos!

Foto: Bekka bug@flickr

Na quarta fez três anos que cheguei à Dinamarca!
Neste aniversário este país presenteia-me com uma tempestade de neve.
Nevou pela primeira vez em Novembro com uma violência nunca vista, o vento soprou a mil e eu pensei se aquilo seria um sinal?!
Sim, porque adoro sinais, coincidências e pensar nos significados.
Estava atrasada para uma reunião e tive mesmo de levar a bicicleta pelo meio da tempestade, pois esperar pelo autocarro em dias de mau tempo é tarefa desesperante.
Eu a lutar para pôr a bicicleta na direcçao certa e a pensar - isto é mesmo para te pores a andar ó Maffas - Nem o vento te quer por cá!!

Depois de queixas e conversas, risotas e mimos trocados fiquei mesmo com a sensação que aquela tempestade nos meus três anos de estadia veio apenas provar que o mau tempo deste país cada vez me influencia menos e que o que tenho aqui é mais forte e independente de previsões metrológicas.

Halloween

Foi demais!
Festas de máscaras valem sempre a pena.
Uma noite para nao esquecer.
Depois de passarmos por uma festa quase sem mascarados, o que é sempre horrivel... Fomos dar a uma em que tudo estava mascarado - Os disfarces mais loucos que já alguma vez vi!
Tenho de partilhar com todos:





fotos: Dag Stinus

E nós?

Comentário politicamente incorrecto do dia

Se um francês incomoda muita gente, DOIS franceses incomodam MUITO mais!!

Estou farta de dar saltos de susto com um novo colega meu que berra "OH MERDE!!!" de cada vez q alguma coisa lhe escapa das maos.
E é a toda a hora, deixem que vos diga!

Referendo

Agora que um referendo contra o aborto que se aproxima...
É sempre um debate que me interessa.
Cá na Dinamarca as pessoas ficam chocadas de saber que em Portugal não é legal a interrupção voluntária da gravidez. Dizem que é um direito básico da mulher. E uma medida de saúde pública.
A mim faz-me sempre muita confusão, as mulheres que sofrem porque o fazem em más condições, mas também as mulheres que sofrem que fizeram um aborto e se arrependem.
Acho estranho nesta Europa cada vez mais rica se tenha de escolher o aborto para proteger as crianças de uma vida de miséria.
A meu ver, as ambições das pessoas estão cada vez mais surreais.

O que eu oiço são relatos de pessoas que já fizeram e se sentem mal com isso.
Que nunca se perdoaram, e que quando estão sozinhas choram à noite por desperdiçarem uma vida que só lhes ia trazer felicidade.
Tanto homens como mulheres choram arrependidos.
Porque queriam esperar pela altura certa.
Nunca há uma altura certa! Quando se espera que esteja tudo preparado e que agora é que vai correr tudo bem e ser tudo perfeito, nunca é!
Porque a vida não é perfeita e os problemas todos temos... Falta sempre alguma coisa...

Não quero que no futuro os meus filhos se debatam com a possibilidade de abortarem, porque toda a gente o faz e é legal.
O facto de ser ilegal pode trazer muitos problemas a quem o faz em vãos de escada.
Mas o facto se ser legal vai trazer muitos problemas a quem o vai fazer sem ter consciência das consequências.

Teenage friendships

Ilustraçao: Isacile@flickr

Amizades intensas... dessas de contar tudo. De saber a vida toda desde o tio-avô afastado à prima em terceiro grau.
De falar todos os dias, mesmo que se tenha passado o dia todo na escola juntos, depois do jantar ainda há uma telefonadela com tema de conversa de coisas para partilhar.
Amizades dessas não dispenso.

Pensava que desapareciam com a idade, porque o tempo fica mais precioso, as pessoas que se conhecem aumentam de número e por isso podia deixar de haver espaço para aquelas amigas de todo o momento e a qualquer hora...
Mas não... e ainda bem!
Um viva às amizades assim!

a pressa dos dias

Os dias continuam apressados. Por este andar o inverno vai passar por mim e eu não vou notar. Quanto menos esperar está aí o verão de novo e o sol, sim sim é só sonhar :)
Mas a minha novidade destes dias é que tenho um aluno de mestrado para desorientar no laboratório.
O que eu achava que ia ser só trabalho extra, estou verdadeiramente a adorar.
O rapaz é muita simpático e esperto e eu ensino-lhe umas coisas depois planeamos as experiências juntos, e acaba por ficar melhor do que se fosse só eu, porque tenho mais pachorra para fazer as coisas todas bem e porque afinal de contas, para ensinar tem de se fazer o mais correcto.
Realmente trabalhar em equipa é o melhor que há para mim. Tudo o que seja solitário e a depender da minha fraca força de vontade está condenado ao desleixo.

Este blog está condenado...

Os dias passam a correr sem eu ter tempo de escrever sobre eles.
Vá lá ainda os vejo, aos dias, saboreios-os e penso neles, mas já nao me dá para os escrever.

Venham para o pé de mim!

Aqui o Balex uma pessoa bastante informada, recomenda e muito bem o colombo neste fim-de-semana.
Sim, que os centros comerciais até se estao tornar um tanto ou quanto culturais, e qq dia faz-se tudo lá... Trazem os hoteis cápsula do Japao e podemos até dormir junto ao Continente para sermos os primeiros a chegar!!

Lá em Portugal parece que está tudo com um pézinho fora, ou já estudaram fora de Portugal, ou querem muito ir trabalhar para outro sítio, ou estao prestes a ir, ou morrem de vontade.
E nos entretantos porque é que nao vêm para a Dinamarca?
O Balexandre é bom exemplo de aventureiro que tentou tudo e está feliz.
Veio para a Dinamarca arranjou emprego para ele e familia em pouco tempo e desde que começou já foi aumentado duas ou três vezes. É valorizado e gosta.

Eu ainda nao fui aumentada, mas isso é outra história :( é a vida de estudante que ainda me persegue.

De vez em quando recebo mails de amigos e desconhecidos a perguntar como é morar cá, se é fácil se é díficil, que tb gostavam de tentar.
A verdade é que a Dinamarca está em forte crescimento e até tem falta de mao de obra qualificada.

Bem nada de me acusar de incentivar ao êxodo do nosso país que mais adoro. Mas acho que um período fora, a descobrir outra cultura, a ver como é que afinal vivem uns países sempre apelidados de ricos, e a ter saudades das nossas coisas boas Portuguesas, só pode enriquecer!

Por falar nisso:
No domingo há um workshop sobre viver e trabalhar na Dinamarca .

domingo de colheita

Foto: effpunkt@flickr

Este domingo foi dia de apanhar maçãs.
Aqui ao correr da estrada encontram-se cartazes tanto a dizerem: vende-se maçãs, vende-se ervilhas, vende-se morangos.

Mas com um bocadinho de sorte, até podem dizer:
- Apanhe você mesmo as suas maçãs!
- Os morangos apanhados por si sabem melhor!
- Ensine aos seus filhos que a fruta não cresce nas prateleiras do supermercado!

É só desafios ali mesmo à beira de uma estrada :)

Então foi desta vez que fui. E que belo negócio!
Então não é que as maçãs apanhadas do chão era totalmente grátis.
E eram bem boas!
E as colhidas das árvores é que se pesavam e pagavam.

A sério, as melhores maçãs, que já comi! Não sabia que este país podia fabricar assim uma coisa tão deliciosa!

É uma boa ideia, os agricultores poupam-se ao esforço de colher, e ganham mais dinheiro que ao vender por aí aos intermediários todos.

Fortaleza

Foto: Jæja@flickr
Esta Europa e especialmente a Dinamarca está a ficar impenetrável.
O meu colega dos Camarões tem uma namorada camaroa que tentou em vão quase durante um ano vir à Dinamarca visitar o namorado.
Visto que ela é professora e tem longas férias, é mais fácil vir ela uns meses de verão, enquanto ele vai trabalhando no doutoramento que não tem muitas folgas.
Tentaram de tudo! Foi impossível trazer a rapariga, que não tinha pretensões de ficar...
Gosta do emprego dela e o namorado um dia vai chegar.

Pois foi mais fácil encontrarem-se nos EUA.
Ela conseguiu um visto para 10 anos, e na Dinamarca nem uma semana.
Ele foi lá aprender uma técnica num laboratório e namorar um bocadinho.

Qualquer dia temos pouco que nos orgulhar desta Europa de porta fechada.

Já nem há a desculpa dos transportes...

Acabadinha de chegar de férias com ritmo ainda lento, muito atrasada para o trabalho - mas fresca de ideias e alegrias - Vejo a novidade nos autocarros da cidade.
Serviço de informação da sua carreira de autocarro:

Assine este serviço e receba um SMS sempre que haja alterações de horários.
Atrasos, desvios do trajecto, já não tem desculpa para chegar atrasado!

Help!
só falta as empresas patrocinarem a inscrição dos empregados...

Uma Palavra

Foto: Mariann Rudstrøm

Uma palavra que descreve a minha semana em Lisboa:

Paraíso

Um Lugar ao SOL

Já a partir de amanha vou deixar Copenhaga em pleno Outono

Para saltar para o Verão!


Operação: Um lugar ao SOL
Objectivo: Carregar os Sol-ó-acumuladores internos para sobreviverem a mais um longo inverno.
Método: Exposição contínua e demorada ao sol, principalmente nas horas de maior calor.
Recomendação: O excesso de calor deve ser arrefecido com constantes mergulhos salgados.

Basicamente encontrem-me em qualquer lado solarengo que dê para estar de molho!

Pêra Rocha da boa

Foto: No_veo_nada@flickr
Hoje pela primeira vez desde que estou aqui, descobri na minha frutaria habitual, fruta PORTUGUESA.
Pêra rocha! Oh Oh... Até me sorriram os olhinhos.
É que nao se encontram produtos portugueses nenhuns por aqui!!
Há quilos de fruta Espanhola, paletes de chouriço Espanhol, quilos de fruta grega, até Brasileira... mas nada de Portuguesa.
A única coisa Portuguesa é vinhos, alguns...
tá mal!

Mimos de avó

O que eu queria agora era um dia daqueles em que apanhava o autocarro saía na Columbano, e pensava no que é que ia ser o almoço...
Em casa da avó só havia "o menu dos pratos favoritos" - Tinha sempre à espera uma de muitas delicias entre: hambúrguer com meio kilo de batatas fritas, douradinhos com arroz de cenoura, ervilhas com ovos escalfados, peixinhos da horta, e outras coisas maravilhosas que a minha memória já apagou que é para bem da saúde mental.

Mas os almoços tinham sempre o conflito da fruta:
- Toma lá a frutinha.
- Quantas laranjas é que estão aqui?
- É só uma!
- Oh Vó não pode ser!
- Oh Mafaldinha pela minha saúde!

E depois de muito mimo, de fazer todas as minhas vontades, incluindo: impedir-me de mexer uma palha que não fosse para meu belo prazer, permitir-me ser a rainha do comando pela tarde fora e ocupar o sofá a todo o comprimento para sonecar depois de almoço a ouvir muito ao longe: "o Juiz decidiu está decidido!".

Depois, lá me dava o conselho final e único pedido do dia:
- Não arrelies a mãma...

Ai eu já pensei...

foto: frozenquacks@flickr

vegetarianices

A nossa tarde de Edimburgo deu mesmo muito que contar...
Depois de passearmos lá pela cidade, fomos para um restaurante vegetariano.
Melhor - Gourmet vegetariano, de me fazer crescer água na boca só de ler o menu (que nem sequer tinha fotos).
O engraçado é que éramos um grupo grande que continha três reais machos que não concebiam a ideia de uma refeição sem chicha.
Eles foram um bocado ao engano, só porque o grupo era liderado pelas poderosas meninas.
E fez-me TANTO lembrar os meus tempos idos de vegetarianice em que sofria inquéritos em todas as refeições sobre porque é que eu não comia carne, blá blá blá...

Aquele foi simplesmente o melhor restaurante vegetariano que já fui.
Agora que já me dedico aos prazeres da carne, tenho a noção que um prato só de vegetais tem de ser muito bem elaborado para superar o delicioso sabor de um belo entrecosto assado. Mas foi o caso!

O mais giro foram os comentários suspeitos dos machos resignados, que acabaram por gostar da comida. Não adoraram... mas ao menos não saíram de lá com fome. E até admitiram que tinha sido bom!

Ah, mas a característica mais importante dos restaurantes vegetarianos é o facto de todos terem deliciosas sobremesas! Este não foi excepção... aqui vai a foto de um bolo de chocolate feito na hora ainda a derreter do forno! Ai...

Fringe!

foto:/\/\@r00|\|3|)@flickr

Chegar a Edimburgo no início de Agosto é ser inundado de propostas para uma noite divertida e o impossível é escolher.
O festival de arte encarrega-se de encher as ruas de cor, de música, de pessoas e de folhetos.
A cidade já era Linda por si só, mas assim artística e tudo só dá para não querer sair de lá.
Entrar e experimentar, ver tudo o que a surpresa nos pode trazer ao virar de um palco. Por mim ficava lá uma semana bem entretida.

Mas injustiça das injustiças, calhámos numa versão de entretenimento de fazer inveja aos malucos do riso. Piada brejeira fácil e argumento comparável ao teatro de escola secundária.
O pior não foi a seca que eu passei, o pior foi os meus colegas todos adorarem o espectáculo, e acharem-me uma arrogante snob por dizer que não tinha gostado nada.

É óbvio que eles não têm os malucos do riso cá na Dinamarca...

Os meus dois traumas

- Aprender a fazer contas de dividir

- Aprender Dinamarquês

De volta às aulas. É tão dura a realidade que mais valia não ter estado três meses de papo para o ar.
3 Meses em que eu, assim como as pessoas normais, me dedico ao dolce fare niente depois do trabalho.
Que posso ir ao supermercado pensar numa receita deliciosa para o meu viking fazer, que fico à noite a ver um filme, que falo ao telefone até perder a consciência...

Agora a ditadura das aulas e do estudo, chegou para ficar. Se não acabar os dez níveis de Dinamarquês até ao fim do ano, a câmara municipal deixa de me pagar as aulas! E depois é a pagantes, que é uma pequena fortuna.

As contas de dividir - que semana dura na primária.
Eu sentava-me à secretária e chorava, dizia à professora que não entendia.
Aquilo não me entrava de maneira nenhuma. Depois à custa de muita lágrima e marranço lá se fez luz na minha cabecinha.
E um dia descobri a máquina de calcular.

Quando é que eu descubro a máquina de calcular da língua Dinamarquesa?!

Só me saem é Duques!!

Entao nao é que na única semana que eu ponho os pés no Reino Unido me calha uma Mass Murder Plot na rifa?!?!

Lá me cancelaram o voo para ir para Londres, lá tive de ir de comboio e pagar uma nota preta... lá tive de stressar com o voo de volta.

Mas tudo correu bem! Acompanhada do meu saquinho transparente, a nova moda aeroportuária, fez de todos os passageiros estrelas do Glamour e até assustou os bombistas que não deram mais sinal de vida.


E cheguei a Londres! O destino mais desejado e onde passei um belo fim-de-semana na companhia da Voa Boa, estrela de Noting Hill e da dupla Tê e A - uma das especialidades da Camden area.

Nós em Glasgow e Edimburgo ali tao perto...

foto: daveybot@Flickr
Uma semana de inspiração para achar que afinal vale a pena:
Trabalhar, discutir ideias, até as horas repetidas com as mesmas experiências, e as detestadas linhas apertadinhas dos artigos acumulados na secretária.
Muito bom!

2500 Parasitologistas - desde a ténia ao cestode, passando pela malária e não esquecendo os parasitas do olho do peixe!

Glasgow para mim não foi mais que uma ida e vinda do hotel para o centro de conferências e uma escapada de um fim de tarde de compras.
Não descobri nada na cidade e pouco se revelou no meu caminho.
A não ser umas pessoas simpáticas sempre prontas a ajudar de todas as formas.
Mas o sotaque... AI! O sotaque imperceptível... difícil mesmo.

O meu maior desejo foi que a conferência se tivesse passado em Edimburgo!
Isso sim, uma cidade a desvendar.

Vou ali e já conto TUDO!

Contacto da Fada da Bimby

illust: Monique@Flickr

A todos os interessados a verem uma demonstração e saberem mais e a provarem tudo.

Posso-vos revelar que a fada da Bimby é a minha Mãe:

Isabel Marques - 919839241

Até lá continuem a mexer o tacho que eu fico a deliciar-me com os meus cozinhados rápidos e saudáveis :P

O mundo maravilhoso da Bimby!

Foto: K&S@Flickr

Venho-vos aqui falar da minha companheira inseparável na cozinha, das horas a menos que eu lá passo, dos amigos deliciados e dos cozinhados que eu faço que nunca pensei conseguir...

Nunca cozinhei na vida, apenas quando vim viver para a Dinamarca com 24 anos em que tive de demonstrar a mim mesma dotes culinários se não queria passar o resto dos dias a comer pão com manteiga e massa com legumes.

Passados uns meses de comer os mesmos 5 pratos que já enjoavam, trouxe o meu presente de emancipação dado pela minha mãe linda.
A Bimby é um espectáculo! Com ela faço tudo aquilo que eu nunca pensei ser possível fazer numa cozinha comandada por mim.
Gelados, doce de ovos, pão de ló, feijoada, empadas, pastéis de bacalhau e até pastéis de nata.
Tudo em três tempos e a evitar o percurso de olhar para o tacho, mexer o tacho... ver em que ponto está o tacho.

É cozinha eficiente! E acredito mesmo que o futuro é a Bimby.
Assim mais ou menos como a revolução da máquina de lavar roupa em gerações anteriores. Havia sempre quem dissesse que aquela invenção era só para roubar dinheiro, e que a roupa ficava muito mais bem lavada à mão.
"Roupinha minha não precisa de uma máquina ali a mexer e a estragar"

Ah pois... Sem Bimby sinto-me no século passado!

Cá em Copenhaga sou conhecida pela Mafalda da Bimby - que faz uns doces óptimos.
E sempre que há um jantar lá levo eu qualquer coisa, porque na Bimby é tão fácil e não custa mesmo nada.

Para vossa sorte, imaginem que conheço a MELHOR demonstradora de Bimby do mundo.
E quem quiser conhecer e ainda ter um jantarinho agradável e pasmar com a rapidez da coisa, façam o favor de me mandar um mail ou deixar um comentário que eu ponho-vos em contacto com a fada da Bimby.

Aqui derrete-se

Foto: Vintage people

Os Dinamarqueses têm muita graça.
Não estão habituados a calor...
Ficam felizes, alguns bufam, outros entram em histeria...

É bonito de ver!
Um exemplo de dar estalos na cara:
Hoje no trabalho:
- Olá estás de volta! Como é que foram as férias?
(cara de seca, de sacrifício e suspiro longo...) - Too warm!
- Too warm?! ok... For me it's Perfeeeecttt!

Depois há exemplos de histeria.
- Andam Descalços por todo o lado! No supermercado... que nojo!
E agora passou aqui um no laboratório descalço e com a planta do pé preta!

Vida de ciclista

Pois é, a maravilha de andar de bicicleta para todo o lado não são só rosas.
Estava eu calminha a relaxar de volta para casa, (escolhi uma rota alternativa para ir junto aos lagos e viver o verão...)vejo um cão ao longe a correr, e o meu primeiro pensamento foi:
Bem, se fosse em Portugal já estava cheia de medo porque tenho sempre a impressão que os cães se atiram às perninhas do ciclista.
Mas aqui já tinha experimentado várias vezes passar ao lado de cães e eles ficarem na sua, ignorarem-me no meio de tanta bicicleta.

Eu a pensar no cão inofensivo, este começa a ser perseguido por outro cão, acelera na sua rota e muda de repente de direcção, vindo-se escarrapachar totalmente na roda da minha bicicleta, que dá uma guinada e se espeta na minha perna.

Ainda fiquei a olhar para o cão a ver se ele estava bem sem perceber muito bem se tinha sido eu a atropelá-lo ou ele a mim.

Depois vem a dona a desfazer-se em desculpas, eu a pensar que ela se ia queixar porque eu não podia andar ali de bicicleta, mas pelos vistos o cão também não podia andar sem trela.
Acordámos que eu e o cão estávamos bem e seguimos o nosso caminho, eu com uma perna bem mais colorida e o cão com um galo ou coisa do género.

Raparigas Dinamarquesas

Foto: Martin White

Generalizando um bocado, posso dizer que são raparigas puco doces, pouco compreensivas. Nao as consigo enquadrar na imagem que tenho do feminino (em relaçao à personalidade).
Deve ter a ver com o facto de serem muito independentes, a emancipação da mulher começou desde muito cedo na Dinamarca e gaja que é gaja aqui no norte faz tudo sozinha, precisando de pouco apoio para qualquer que seja a actividade.
Isso deu-lhes uma certa dureza.
Nao jogam conversa fora.
E se fazes uma coisa mal, não há cá desculpas, o dedo inquisidor fica apontado. Até doi!

Na minha semana intensa de Dinamarqueses, reparei que havia uma rapariga assim mais molinha, mais princesinha, que gosta de deitar conversa fora, de dizer pelo menos umas três vezes: "Ai que belo passeio que hoje fizemos!".
Que pergunta - "como vais? como estás?"
Que sorri só porque sim.
Que fala do futuro e dos sonhos e pergunta sobre a família e os irmãos.
Que pede ajuda montes de vezes.

Mas por acaso sei o que os outros falam dela: que é chata! que é metediça, que não consegue fazer nada sozinha.
Nos estrangeiros devem tolerar outros comportamentos mas numa Dinamarquesa, é logo apelidada de estranha.

Socorro!

Tenho um viking em casa possesso com o calor.
O rapaz berra, bate com as portas, tem acessos de raiva, põe a casa toda em corrente de ar, numa ventania que me obriga a vestir o casaquinho.
Eu nunca o vi assim!
Está calor e estas casas são um forno porque estão preparadas para o inverno.
Mas até sabe bem!
Enfim, vejo-o a barafustar e preocupo-me: "Como é que eu o vou levar para Portugal?"

Semana lost in translation

Então eu vou contar só um bocadinho para não receber as bocas do costume:
Vá lá... não sejas pessimista, aproveita a vida! Não deve ter sido assim tão mau... Esquece lá isso, e outros mimos do género.
Para mim férias é risota, é sol, é passear, é aprender, é falar, aproveitar cada momento e sentir o sabor da vida!
E numa casa rodeada por Dinamarqueses por todos os lados é quase impossível cumprir os pré-requisitos para uns dias serem chamados férias.
Não é que as pessoas fossem parvas, más, estúpidas ou me fizessem mal.

Mas são Dinamarqueses. Têm lá a sua forma de conviver, muito diferente da minha e difícil de explicar por palavras mas na qual não me consigo integrar.
O dia passava-se bem, entre joguinhos, banhos de sol, vólei, brincar com os miúdos, conversas esporádicas.
A noite era um tormento, um verdadeiro atentado à minha natureza.
O jantar era lá pelas sete, em que a comida era deliciosa posta na mesa sem que eu movesse uma palha.
Lá que são organizados são: toda a gente tinha um dia de cozinhar e arrumar e o resto do tempo era papo para o ar!
Mas depois do jantar, reuniam-se como um clã à volta da mesa, numa conversa única. Sem conversas paralelas, por mais que eu tentasse meter conversa com o vizinho do lado, percebia que o estava a atrapalhar na participação da conversa geral que se dava com intervenções alternadas por uma ou outra pessoa, que provocava gargalhadas nas outras todas.
Embora o meu nível de Dinamarquês seja razoável, não dava para seguir aquele nível de piada e ironismo, de bate boca, e mesmo com traduções esporádicas do meu T. a coisa não ia lá.
It is just not fun!
Retirava-me para a sala e ia ler o meu livro ouvindo as gargalhadas lá fora...

Até segunda! (II)

Aqui vou eu para Bornholm - A ilha Dinamarquesa onde o sol sempre brilha! (A ver...)

Vou para casa de uns amigos do Timme e vamos acampar no jardim, pois ao todo seremos 24 adultos e 4 crianças!
Se fossem Portugueses, eu iria cheia de vontade e a pensar que ia ser a loucura total.
Mas sendo todos Dinamarqueses, parece que vou para um campo de concentração, em que tenho de manter o sorriso mesmo sem perceber puto do que eles dizem e ser simpática sempre que decidam ter a generosidade de falar Inglês comigo.

Vou levar dois livros! E brincar com os putos!

Ai as minhas cruzes...

Fotos: Jonaswho

Voltei! Meia rota, com dores em todas as partes das costas, com herpes, com cabelo à palha-de-aço que talvez depois de muita máscara vá voltar ao lugar, mas acho que escapei aos piolhos! Ufa!
Eu, completamente inexperiente em festivais de verão decidi aos 26 anos ir ao maior da Europa que chegou a ter 75.000 gatos-pingados.
Acima vêm o ponto de encontro. A árvore mais gira do local.


Aqui, a desilusão: todos os concertos estavam apinhadíssimos. Tendo uma pessoa de se contentar com um lugar fora da tenda, sem experienciar o todo do concerto. Nomes conhecidos, esquece, ou se estava lá uma hora antes a marcar lugar ou estava-se fora a contentar-se com as migalhas.


Por isso o que gostei mais foi de ver bandas que não conhecia, e o contacto directo e próximo faziam de quase todas uma grande experiência!
Vi Birdy Nam Nam, Death cab for cutie, Tied and Tickled Trio, Kieran Hebden, Ms John Soda, Rumpistol, Insen.

E dos nomes grandes vibrei com dEUS, Guns and Roses, Tool, Placebo e principalmente o melhor dos melhores Roger Waters... Como é que música feita há trinta anos faz emocionar daquela maneira ainda nos dias de hoje?!

Desilusões foram Goldfrapp a miúda ficou doente e não apareceu.
Sigur Ros não deu para ver... Cheio de mais! E experienciar aquela música espiritual com milhares de pessoas a falar, a passar, a pedir com licença... é estragar algo muito bom.

No fim, vinha cheia de informação, nem mais uma nota este tímpano podia experienciar.


A organização do festival foi qualquer coisa de espectacular. Eu nunca tive em nenhum grande festival em Portugal, por isso não dá para comparar.
Mas neste havia acesso para cadeiras de rodas para todos os palcos, havia assim um tipo de um camarote com acesso fácil onde se viam muitas cadeiras de rodas. Impecável!
Ah e davam água em todos os concertos, até no concerto de Tool, no meio do moche, haviam copinhos de água a passar, e os grandalhões, paravam os pontapés só para dar um golinho :-)


Ai se estas paredes pudessem falar...
Choravam de dor! Pois durante 4 dias foram banhados com urina de 75.000 bebedores constantes de cerveja. Um cheiro pestilento!
Só cheirado contado ninguém acredita...

As minhas narinas já estão a recuperar e o que fica são as memórias de um fim-de-semana muito bom!

e eu lá no meio caladinha...

Vi o jogo no festival, que estava pejado de Ingleses. Tinham lá um grande ecrã e eu estava rodeada de Ingleses por todos os lados, eram para aí 2 mil, sem exagero!
Só vi três t-shirts de Portugal e estavam muito longe de mim, e ainda mais calados que eu.
Foi duro! O que vale é que tinha mesmo ao lado, por acaso, uma Dinamarquesa adepta fervorosa de Portugal.
Bem a rapariga fazia cá um chavascal que eu e principalmente o T estávamos com um bocado de medo da reacção dos Ingleses. Cada vez que os ingleses falhavam ela soltava uma gargalhada poderosa de gozo! E sempre a mandar os Ingleses falhar em alto e bom som!
Mas foi lindo!
E ver os Ingleses todos a saírem caladinhos?! No caminho até ao local do festival não se ouvia mosca.

Até Segunda!

Amanha parto para o maior festival da Dinamarca, o de Roslkilde que já faz vibrar desde 1971


Vai ser LINDO!!


Só espero é que nao chova... Senao acabo assim!

Look de Verão

Foto: Carsten Ranke

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Nao me perguntem porquê

Mas hoje dei por mim a lembrar-me da razão que me fez acabar tudo com o meu primeiro namorado.
Quinto ano, eu era um sucesso na turma (bons tempos!) - Aliás nunca tive tanto sucesso na minha vida como naquele ano.
O que prova que a maturidade dos rapazes atinge O pico aos dez anos e a partir daí desce vertiginosamente até ao infinito.
Os olhares trocavam-se corríamos no pátio juntos as minhas amigas diziam que ele só tinha olhos para mim, e eis que o cartão esperado aparece no cacifo.
Dizia assim:
Amo-te muito
Queres namorar comigo?

SIM _ NÃO _ TALVEZ _

Estive tentada a pôr a cruz no Talvez para me fazer de difícil. Mas não podia ser... o meu coraçãozinho já ano aguentava de tanta emoção.
Depois começámos a namorar.
Mas isto já era fim de ano (altura em que tudo adquire uma urgência e os rapazes decidem tomar a iniciativa)
Devemos ter dado dois beijinhos escondidos no pátio e no meio de outros recém-casais. Ah sim, porque aquilo era tudo muito partilhado e social.
Mas tudo acabou quando na festa do fim de ano ele queria que eu dançasse slows com ele com as mãos agarradinhas à volta do pescoço e coladinha a ele.
Eu disse que NÃO!
Do alto da minha seriedade afastava-o de mim e mantinha o limite de meio metro de distância.
Aquilo foi intolerável para ele que decidiu começar a dançar com outras que o agarrassem como deve ser.
Não lhe falei mais mas fiquei na festa até ao fim, para mostrar que me divertia sem ele!
No ano seguinte, ele já não era o mais giro do colégio, nem eu a mais gira da turma.

Copenhaga está uma brasa!

Com as minhas novas aquisiçoes estilosas, ninguem me pára!
Queriam não queriam?!?! Então força!

Danone fica que és adorada!

Uma coisa que faz falta aqui são os iogurtes. Eu como verdadeira Portuguesa da geração do hipermercado passo-me com as paredes forradas a iogurtes, com os sabores novos, com as texturas cremosas ou crocantes. Adoro levar um iogurte para todo o lado e sentar-me calmamente a saborear o meu lanchinho.
Ora, nesta terra os iogurtes individuais, em caixinhas pequeninas práticas para toda a ocasião não fizeram sucesso.
Aqui o iogurte é a litro tal e qual pacote de leite e com uma variedade de sabores bastante limitada.
Cadê os iogurtes de manga, de cereais, com ameixas e que nos salvam de todo e qualquer possibilidade de doença, e nos regulam o intestino?
Há realmente muito pouco.
Em caixinhas individuais são mais sobremesas, mousses e arrozes doces ou pudins - Nada disso que eu queria.
A loucura pelo iogurte não vingou nesta terra.
Mas eis que a agora a Danone tenta uma aproximação ao mercado. Com uma gama limitada mas ainda assim melhor que todos os iogurtes a litro que para aí andam.
E oh para mim a comprar e a comprar! Há que incentivar as tentativas de invasão de mercado!
Por isso deixo um apelo a todos os que me lêem e vivem em Copenhaga:
Toca de encher o frigorífico com iogurtes Danone! A ver se eles se instalam no mercado e eu fico mais consoladinha com o meu iogurte diário!

Lisboa à Chuva

Fui a banhos para o sul e voltei mais pálida que os meus colegas dinamarqueses que trabalharam a semana toda e iam para o parque nas horas vagas.

Nunca voltes ao sítio onde foste um dia feliz!

E é o que eu sinto nestas pequenas visitas a Lisboa. Sabe tão a pouco que fico com saudades do que já foi meu...
É mais a nostalgia que a felicidade.
Saudades do tempo em que uma semana de chuva não interessava, ou quando um café cancelado ficava para outro dia.
Um dia conheci um emigrado na Dinamarca há 20 anos e dizia que já não ia a Portugal há 15. Que adorava Portugal por isso para voltar, só quando fosse de vez... Senão o coração consumia-se aos poucos. Na altura não o compreendi.
Mas agora entendo-o tão bem!

2 Anos e meio é muito!
Já não fazemos parte da vida de quase ninguém. Somos meio estranhos no meio dos amigos.
Mais vale congelar o passado e relembrar apenas o que foi bom e intenso e não foi apodrecido pela distância.

Quase a voar!

Segunda-feira vôo para Portugal.
Uma semaninha de calor, praia, sardinhas e futebol, Amigos e sorrisos...
e aviso a todos daí - vale tudo menos nao me ligar a combinar um cafézinho!

Fim-de-semana familiar

Pois foi ganhei uma sobrinha, já de 7 anos, que todo o fim-de-semana me derreteu a chamar-me de tia! E olhem que aqui não há tias por afinidade ou por respeito...
Tive um fim-de-semana familiar com a família do T. que mora na Jutlândia. Aqui as distâncias são MUITO longas, pois eu nunca tinha ido a casa deles! E já namoro com o T. há dois anos...
O ponto alto do fim-de-semana foi a comida. Minha gente come-se bem por aqueles lados... oh oh! A família toda é fã do Jamie Oliver, é livros, é tábuas de cozinha, é aventais, tudo assinado pelo mestre de culinária.
Ao jantar havia quantidades e qualidades de comida tais de tal forma que estes olhos nunca experimentaram tamanha fartura em terras do norte.
É que em Copenhaga quando se vai a casa de alguém jantar, tem de se ter cuidado com o que se tira para o prato e ver bem se não se está a tirar a dose do outro. É tudo escasso, e uma pessoa fica logo cheia, só porque sabe que não pode repetir.
Mas a Jutlândia pelos vistos não passa necessidades :)

Outro ponto alto foi o meu domínio da lígua Xinamarquesa! ouvia atentamente as conversas familiares e quase que percebia tudo... Excepto as piadas. É que as piadas têm sempre uma ou outra expressão que nao conheço ou sao ditas no meio de uma gargalhada e ficam imperceptíveis para emigrantes!

Foi muito bom! Mas fez-me ter saudades da MINHA família!
Para variar a companhia T e maf não é lá muito boa a coleccionar pictoricamente os momentos familiares Kodak e não vos posso mostrar a minha sobrinha viking, resta uma foto das avezinhas, nossas favoritas.

Aproveitem bem, agora só no Natal!

Feriados:
Enquanto em Portugal há sempre um feriado à porta, aqui eles estão todos no Natal, na Páscoa e em Maio. Já está!

Um rei pouco cristão decidiu concentrar todos os dias religiosos (que não fossem Natal e Páscoa) num: O dia de todas as orações. A bem da produtividade!

Agora depois destas três semanas com pausas, ou fins-de-semana gigantes quase seguidos, é secura até ao Natal.

Gosto de feriados, assim como gosto de coisas grátis. Pode ser o gelado mais manhoso mas se é oferecido assim no meio da rua sabe-me pela vida.
Pode ser o dia mais chuvoso mas se é grátis ficar em casa dá-me kilos de sorrisos e de preguiça.
Férias é bom, mas gastam-se! Dou por mim a contar dias... quantos faltam, será que vão ser bem aproveitados?
Às vezes pergunto-me donde será que vem esta falta de ambição?!

Paciência de Mae

É esperar 5 anos regando o vaso todas as semanas.
Esperar 5 anos para que uma flôr desabroche porque foi uma prenda do filho.