sexta-feira, maio 06, 2005

Personagem 1:

Apesar da hospitalidade das pessoas, conhecemos algumas personagens dignas de relato...
Cairo, aprendiz de guia da natureza. Morenaco bem parecido com um bigodinho que tende para o buco. Atrevido e falador, com vontade de ensinar o que ainda nao sabe. Convidou-nos para passear, um dia, levar-nos a dar uma volta, cedo comeca a falar sobre os mitos espiritas que tem acompanhado na televisao e a sua certeza da existência de fantasmas, isto enquanto nos acompanhava por uma montanha deserta no pico do calor do dia. Pensei que seria uma alucinacao e que de repente ele iria transforma-se em fantasma e voar dali para fora, mas nao... o passeio continuou, com o meu esforco constante de entender o seu inglês amalasiado, que afinal foi todo aprendido sozinho e apenas em dois anos... o que é de espantar. Depois da montanha fantasmagórica somos convidados para almocar em sua casa, mas antes tivémos de passar a dura prova de escolher a comida que a sua mulher ia cozinhar para nós numa praca bem cheirosa. “Mas nós nao queremos escolher, é a vossa casa, escolham vocês...” Passado duas horas de estômago histérico por comida, sai o verdadeiro banquete, com mais de 4 pratos diferentes... (Por isso é que demorou tanto) sentadinhos no chao, até tentei comer com as maos como os anfitrioes, mas foi díficil... arroz com molho de caril nao é bem como um pastel de bacalhau que se come muito melhor com as mandíbulas. Entretanto fomos vendo fotografias da família. E ouvindo relatos do Cairo de como uma mulher deve ser tratada. Primeira regra: A mulher deve sempre servir arroz ao homem. Ele chegava ao extremo de nos servir arroz a nós, pousar a taca e depois pedir para a mulher o servir. A serventia do arroz aumenta o carinho da mulher pelo homem. Regra número dois: assustar a mulher com os seus medos mais profundos, falar de fantasmas e pô-la á frente dos animais sobre os quais ela sente fobia... Isto também aumenta o respeito e o carinho.
Ou seja, tive o previlégio de conhecer o machao número UM da sociedade Malaia. A seguir ao almoco fomos levados ao hotel á incrível velocidade de 200 Km/h. Pois qualquer machao que se preze é acelera... Enfim, esta personagem foi felizmente caso único, pois a Malásia é um país maioritarimanete muculmano mas dos mais tolerantes em relacao ás rigidas regras do Coräo.

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