terça-feira, julho 04, 2006

Ai as minhas cruzes...

Fotos: Jonaswho

Voltei! Meia rota, com dores em todas as partes das costas, com herpes, com cabelo à palha-de-aço que talvez depois de muita máscara vá voltar ao lugar, mas acho que escapei aos piolhos! Ufa!
Eu, completamente inexperiente em festivais de verão decidi aos 26 anos ir ao maior da Europa que chegou a ter 75.000 gatos-pingados.
Acima vêm o ponto de encontro. A árvore mais gira do local.


Aqui, a desilusão: todos os concertos estavam apinhadíssimos. Tendo uma pessoa de se contentar com um lugar fora da tenda, sem experienciar o todo do concerto. Nomes conhecidos, esquece, ou se estava lá uma hora antes a marcar lugar ou estava-se fora a contentar-se com as migalhas.


Por isso o que gostei mais foi de ver bandas que não conhecia, e o contacto directo e próximo faziam de quase todas uma grande experiência!
Vi Birdy Nam Nam, Death cab for cutie, Tied and Tickled Trio, Kieran Hebden, Ms John Soda, Rumpistol, Insen.

E dos nomes grandes vibrei com dEUS, Guns and Roses, Tool, Placebo e principalmente o melhor dos melhores Roger Waters... Como é que música feita há trinta anos faz emocionar daquela maneira ainda nos dias de hoje?!

Desilusões foram Goldfrapp a miúda ficou doente e não apareceu.
Sigur Ros não deu para ver... Cheio de mais! E experienciar aquela música espiritual com milhares de pessoas a falar, a passar, a pedir com licença... é estragar algo muito bom.

No fim, vinha cheia de informação, nem mais uma nota este tímpano podia experienciar.


A organização do festival foi qualquer coisa de espectacular. Eu nunca tive em nenhum grande festival em Portugal, por isso não dá para comparar.
Mas neste havia acesso para cadeiras de rodas para todos os palcos, havia assim um tipo de um camarote com acesso fácil onde se viam muitas cadeiras de rodas. Impecável!
Ah e davam água em todos os concertos, até no concerto de Tool, no meio do moche, haviam copinhos de água a passar, e os grandalhões, paravam os pontapés só para dar um golinho :-)


Ai se estas paredes pudessem falar...
Choravam de dor! Pois durante 4 dias foram banhados com urina de 75.000 bebedores constantes de cerveja. Um cheiro pestilento!
Só cheirado contado ninguém acredita...

As minhas narinas já estão a recuperar e o que fica são as memórias de um fim-de-semana muito bom!

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